Fase: Devolutiva e construção coletiva Responsável: Marina (Cartógrafa)

O dilema ético e tático

Nas entrevistas, a cartógrafa acessou o subsolo da Mangia: as Micronarrativas de fissura. Descobrimos que a operação se sustenta não pelos códigos, mas pela quebra delas (linhas de fuga).

  • O risco: Revelar explicitamente que Dona Cida joga comida fora ou que Lucca doa estoque sem permissão colocaria esses Atuantes em risco direto de retaliação por parte de Lorenzo (que sentiria sua autoridade desafiada).
  • A oportunidade: Essas transgressões são provas de inteligência coletiva. O grupo já está resolvendo os problemas que a gestão cria, mas precisa fazer isso escondido. O objetivo da intervenção é legalizar a inteligência clandestina, transformando fuga em processo (ou re-codificação (Territorialização e Codificação)).

A estratégia dos dois mapas

Para navegar esse campo minado, utilizaremos a distinção proposta na Cartografia Organizacional:

Mapa de sondagem (privado): É o mapa (Mapas Privados e Públicos) que fica na gaveta da Marina. Ele contém a verdade nua dos Enlaces, nomeando as transgressões. Serve para Marina saber onde cutucar durante a facilitação, sem entregar os nomes.

Mapa do terreno (público): É o mapa que será desenhado pelo grupo em uma oficina. Marina não entregará o mapeamento pronto. Ela criará um ambiente seguro e fará as perguntas certas para que o próprio grupo desenhe os drenos (Fontes e Drenos).

O agenciamento foco: o mutirão de quarta

Não tentaremos mapear a empresa inteira agora. Focaremos no Agenciamento mutirão de quarta. É o ponto de convergência de todos os Atuantes, de todos os afetos tristes e onde a geologia (Arquétipos Geológicos) colapsa (encontro violento entre o caos criativo e a necessidade de ordem). É a dor de dente que todos querem curar.

Próximo passo prático

Realizar uma oficina para construir um Mapa de Fontes e Drenos focado na jornada da quarta-feira.